O cisto na pele é um nódulo benigno que pode aparecer em qualquer parte do corpo. As mais comuns são o tronco, o pescoço e o rosto por serem regiões que concentram inúmeras células sebáceas.
Conhecido na comunidade médica como cisto sebáceo, o cisto na pele é mais recorrente em indivíduos adultos de ambos os gêneros. No entanto, a população infantil também pode ser acometida pela condição apesar de ser um quadro clínico raro.
Índice
O que causa cisto na pele?
Antes de explicar o que causa o cisto sebáceo é importante esclarecer como funciona a produção do sebo, conhecido pelo termo em Latim sebum, que compõe o nódulo do cisto na pele. O sebo é produzido pelas glândulas sebáceas, que se localizam na camada intermediária da pele (derme). A sua função é contribuir para o controle da temperatura do corpo, eliminar resíduos da pele, impedir o crescimento de bactérias e lubrificar a pele e os pelos do corpo.
Para alcançar a epiderme (camada superficial da pele), o sebo utiliza o folículo piloso — estrutura na qual nasce o pelo e os cabelos — como passagem. Quando ocorre alguma alteração ou obstrução na estrutura folicular, o sebo nasce fora do folículo piloso gerando, assim, o cisto sebáceo. Existem vários fatores que podem desencadear o cisto epidermoide, alguns deles são:
- Infecções;
- Alterações genéticas;
- Obstruções das glândulas sebáceas;
- Traumatismos (como uma queimadura, por exemplo).
Quais são os tipos de cisto sebáceo?
Os cistos na pele podem ser classificados como milia ou cistos pilares. Saiba mais sobre cada um deles a seguir:
Milias
Também conhecida como milium, a milia caracteriza-se por ser uma erupção na pele de coloração amarelada ou esbranquiçada, sendo comumente confundida com espinhas. Um dos fatores que ajudam a distinguir a espinha da milia é seu aspecto duro por conta da presença de queratina. Por esse motivo, o indivíduo não consegue espremê-la como acontece com a espinha.
A milia é mais frequente em recém-nascidos, entretanto, pode aparecer em pacientes de todas as idades. Isso porque o processo de cicatrização da pele pode desencadear a erupção cutânea. Qualquer região do corpo pode apresentar a milia, porém, ela é mais comum nas bochechas, pálpebras e ao redor dos olhos.
A milia possui vários subtipos a depender do local afetado e da idade do paciente, podendo ser neonatal, primária, secundária, juvenil, em placa (sendo comum em mulheres de meia-idade) ou múltipla eruptiva.
Cistos pilares
Os cistos triquilemais, como também são chamados, são mais recorrentes em mulheres de meia-idade (fase entre o final da juventude e o início da terceira idade). O cisto pilar aparece com mais frequência no couro cabeludo e tem como principal fator de risco a predisposição genética.
Os cistos pilares podem ser solitários ou múltiplos, sendo que seu formato é similar ao do cisto sebáceo. Em casos raros, a condição pode se agravar gerando o cisto triquilemal proliferativo.
Qual a diferença entre cisto sebáceo e lipoma?
Enquanto o lipoma é composto de células adiposas, o cisto sebáceo é composto por uma substância conhecida como sebum. Como as duas doenças apresentam sintomas parecidos, o tratamento costuma ser cirúrgico.
Quais são os sintomas do cisto epidermoide?
Geralmente, o cisto na pele não possui um sintoma específico. Contudo, o indivíduo que quiser identificar a presença de um cisto sebáceo pode se atentar a algumas características presentes na maioria dos casos. São elas:
- Dor na região com o cisto sebáceo, apesar de ser pouco comum;
- Presença de um nódulo palpável com a mesma tonalidade da pele e com consistência fibroelástica (assim como a ponta do nariz, por exemplo);
- Nódulo com a mesma característica acima, porém mais visível e com tonalidade amarelada.
O cisto sebáceo pode gerar complicações caso não seja diagnosticado com agilidade. Quando isso acontece, a região fica infeccionada e apresenta sintomas como tonalidade avermelhada, formação de abscesso (acúmulo de material purulento), aumento da temperatura no local lesionado e dor significativamente mais intensa.
Para evitar a infecção do cisto epidermoide, o paciente precisa se atentar a indícios de que o quadro está se agravando. Alguns deles são:
- Quando o nódulo cresce rapidamente;
- Quando a dor na região afetada fica mais intensa;
- Quando ocorre o rompimento do nódulo, liberando uma secreção amarelada;
- Quando o nódulo aparece em um local onde ocorre traumas frequentes, gerando uma irritação na pele.
Um dos principais fatores que levam o paciente a procurar auxílio médico para tratar o cisto sebáceo é o desconforto estético. Contudo, o possível agravamento do quadro pode causar impactos na rotina e na qualidade de vida do indivíduo.
Sendo assim, a rapidez na busca por um atendimento médico é essencial para melhorar o prognóstico do cisto sebáceo. É fundamental escolher um médico com experiência neste tipo de quadro clínico, especializado e devidamente registrado em uma entidade de classe — como a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), por exemplo — para garantir um atendimento responsável e de qualidade.
Como é feito o diagnóstico do cisto sebáceo?
Durante a consulta, o médico investigará junto ao paciente quais são as particularidades do caso. O objetivo é saber se o indivíduo possui alguma predisposição genética, se ele já teve problemas ligados as glândulas sebáceas no passado e qual é o tipo de cisto na pele que o acomete. Algumas das questões esclarecidas são:
- Os cistos provocam dor?
- Quando começaram os sintomas?
- Existe algum histórico de acne grave?
- Surgiram nódulos em outros locais do corpo?
- A região afetada sofreu alguma lesão recentemente?
- Foi realizada alguma cirurgia na área afetada recentemente?
- Algum parente de primeiro ou segundo grau já teve o mesmo problema?
Após levantar as informações do histórico médico do paciente, o médico fará a análise clínica do nódulo por meio da palpação. O indivíduo também poderá fazer alguns exames laboratoriais para complementar a investigação diagnóstica, como a histopatologia e a biopsia do cisto epidermoide, por exemplo.
Como tratar o cisto na pele?
A abordagem terapêutica para tratar o cisto na pele está diretamente relacionada com a causa subjacente do quadro. Além disso, o médico também avalia o local onde o cisto sebáceo surgiu para determinar o tratamento mais adequado.
A técnica utilizada para tratar o cisto sebáceo é a cirúrgica. Caso ele tenha formado um abscesso, será necessário retirar o pus acumulado por meio de uma drenagem e fazer um tratamento com antibióticos antes de realizar a remoção cirúrgica.
A cirurgia para retirada do cisto na pele é considerada simples e pode promover um resultado estético e funcional satisfatório dependendo da expertise do cirurgião plástico. O pós-operatório também é tido como pouco complexo, desde que o paciente siga à risca as recomendações do médico.
Fontes: