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Lipoma

O lipoma é um tumor benigno composto por células de gordura maduras que ficam acumuladas em uma cápsula fibrosa localizada no tecido subcutâneo, ou seja, abaixo da pele. Apesar de ser indolor na maioria dos casos, a condição pode se agravar e se transformar em um tumor maligno.

Lipoma

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a incidência estimada de lipoma na população brasileira é de 10%. Os lipomas podem aparecer tanto em homens quanto em mulheres, no entanto, a população feminina é a mais acometida, principalmente aquelas entre os 40 e 60 anos.

O lipoma pode se desenvolver em qualquer região do corpo, inclusive em locais mais profundos como a cavidade abdominal, por exemplo, apesar de ser considerado um caso raro. As regiões mais afetadas pelo tumor cutâneo são:

  • Axilas;
  • Coxas;
  • Tronco;
  • Ombros;
  • Abdômen;
  • Parte posterior do pescoço;
  • Membros inferiores (braços).

Quais as causas do lipoma?

O lipoma não possui uma causa específica, entretanto, existem vários fatores que podem aumentar as chances de o paciente desenvolver o tumor. O principal fator de risco é a hereditariedade. Portanto, as mulheres que possuem familiares de primeiro ou segundo grau com a condição precisam se atentar para não desenvolvê-la.

Os lipomas também estão associados a algumas doenças raras, tais como:

  • Síndrome de Dercum (adipose dolorosa);
  • Síndrome de Madelung (lipomatose simétrica múltipla);
  • Síndrome de Cowden (doença multissistêmica que provoca alterações mucocutâneas);
  • Síndrome de Bannayan-Riley-Ruvalcaba (doença que se caracteriza por gerar diversas malformações, principalmente a macrocefalia).

É importante ressaltar que o desenvolvimento do lipoma não está diretamente relacionado com a obesidade. Mesmo ocorrendo em células adiposas (células de gordura), o tumor também pode ser diagnosticado em pacientes magros, sobretudo quando esses indivíduos emagrecem após um ganho significativo de peso.

Quais são os tipos?

Os lipomas possuem classificações distintas dependendo de suas características. Algumas delas são:

  • Lipomas celulares;
  • Lipoblastoma benigno;
  • Lipomas intramusculares;
  • Angiolipoma, sendo um dos lipomas mais raros;
  • Lipomas do tipo subcutâneo superficial, sendo um dos mais comuns.

Como reconhecer um lipoma?

A principal maneira de reconhecer um lipoma é por meio da identificação de suas características. Os lipomas têm uma forma que se assemelha a um caroço por conta da protuberância causada pelas células gordurosas acumuladas no tecido subcutâneo.

Os lipomas também são visíveis e palpáveis, com bordas regulares e uma consistência que pode ser macia, elástica ou dura. O crescimento dos lipomas acontece gradativamente, variando entre meio centímetro e 3 centímetros de diâmetro.

Geralmente, os pacientes apresentam somente um lipoma. Contudo, a maioria dos indivíduos diagnosticados com a condição possuem dois ou mais lipomas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os lipomas múltiplos correspondem a 5% dos casos.

Quando o lipoma dói?

Os lipomas costumam ser assintomáticos, isto é, não apresentam sintomas. Quando a condição provoca dor pode ser um sinal de lipossarcoma, que é o agravamento do tumor com potencial de malignidade. Os principais sintomas do lipoma maligno são:

  • Bordas irregulares;
  • Mudança progressiva no tamanho;
  • Diâmetro maior que 5 centímetros;
  • Nódulo predominantemente endurecido;
  • Comprometimento da fáscia muscular (lâmina de tecido fibroso localizada abaixo da pele).

Como diagnosticar?

Na maioria dos casos o diagnóstico do lipoma é realizado por meio de um exame clínico no consultório. Caso o quadro apresente alterações, o médico pode solicitar uma biopsia, que consiste em retirar uma amostra de tecido para analisar com mais detalhes em um microscópio.

Além da biopsia, o profissional pode demandar outras análises laboratoriais para compreender a extensão do caso. Isso acontece quando os lipomas desenvolvem um formato irregular, apresentam indícios de envolvimento miofascial ou quando a biopsia indica a presença de massa infiltrada. Os exames de imagem que contribuem para uma avaliação diagnóstica mais precisa são a tomografia computadoriza, o ultrassom e a ressonância magnética.

Mesmo se tratando de um tumor benigno, é fundamental que o paciente busque o auxílio médico assim que notar o nódulo na pele. Isso porque a agilidade no diagnóstico contribui para um melhor prognóstico, diminuindo as chances de o lipoma progredir para um lipossarcoma.

Qual médico que cuida do lipoma?

Para garantir uma cirurgia mais segura, é importante que o paciente procure um especialista em lipoma. Um dos profissionais que pode retirar o lipoma cirurgicamente é o cirurgião plástico.

É essencial que o médico seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) para oferecer um atendimento especializado e de qualidade. Além disso, ao fazer a cirurgia com um cirurgião plástico o paciente ficará com uma cicatriz mais discreta, promovendo um resultado mais satisfatório.

Como eliminar o lipoma?

O tratamento cirúrgico do lipoma é indicado quando o quadro apresenta alterações nervosas, dores, limitações funcionais e os demais sintomas de um tumor maligno (lipossarcoma). Além disso, a técnica cirúrgica também pode ser realizada por questões estéticas.

A cirurgia para retirada dos lipomas é um procedimento simples e realizado com o paciente sob anestesia. O procedimento consiste em fazer uma incisão na pele, dissecar o tumor e realizar a sutura.

Antes da cirurgia o paciente deve ter alguns cuidados, como estar em jejum absoluto, por exemplo. Após o tratamento cirúrgico o paciente deverá seguir à risca as recomendações médicas para que o período pós-cirúrgico seja o mais tranquilo possível. Dentre os cuidados nesta fase, destacam-se:

  • Evitar molhar o penso (curativo cirúrgico);
  • Fazer uma leve pressão na área operada ao tossir ou espirrar;
  • Ingerir alimentos de fácil digestão, sobretudo se o lipoma for retirado da região abdominal;
  • Evitar esforços físicos — como levantar peso ou praticar atividades físicas — durante duas semanas.

Apesar de não existir uma forma de prevenção do lipoma, o paciente pode melhorar as chances de retomar a qualidade de vida por meio do diagnóstico precoce do tratamento cirúrgico quando for indicado.

Essas são as principais informações sobre o lipoma. Entre em contato e agende uma consulta caso queira saber mais sobre o assunto.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD);

Dr. Kiril Kasai.